A COMPLEXIDADE DA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES

A COMPLEXIDADE DA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES

 

Situados no nível econômico terciário, os hospitais operam por meio de processos internos que apresentam grande complexidade e interdependência entre seus setores, uma vez que neles estão reunidos vários serviços e situações simultâneas: hospital é hotel, lavanderia, serviços médicos, limpeza, vigilância, restaurante, recursos humanos, relacionamento com o consumidor e etc.

Quando se trata de qualidade e resultados em serviços de saúde, o controle de gestão em hospitais é um fator fundamental para a eficiência de uma organização hospitalar. Nesse sentido, é necessário que os gestores hospitalares realizem avaliação do desempenho organizacional através de dados concretos e fidedignos, a fim de mensurar a eficiência da gestão.

O governo brasileiro através de agências reguladoras vem realizando ações no sentido de oferecer serviços de saúde de qualidade para toda a população. Entretanto, apesar dos esforços, ainda há diversos problemas nessa área. Além disso, a complexidade do ambiente no qual se inserem as organizações em geral provoca uma demanda crescente por informações cada vez mais acuradas para a tomada de decisão. Para que as organizações hospitalares possam atuar nesse ambiente, é necessário que seus gestores busquem ferramentas de gestão que tenham comprovada eficácia no meio empresarial.

Um hospital é uma organização que presta serviços especializados e que apresenta funções diferenciadas, caracterizando-se, portanto, como uma organização bastante complexa. Ademais, em razão do desenvolvimento de ações que ofereçam serviços de qualidade para a população, os gestores dessas organizações necessitam de ferramentas gerenciais que possibilitem a avaliação dessas ações. Por meio dessas ferramentas as organizações devem analisar também o desempenho da gestão dos recursos utilizados na consecução das atividades de prestação de serviços, além disso é necessário definir um conjunto de indicadores que possibilitem aos gestores avaliar o desempenho da organização, assim, para a avaliação e o controle eficientes, os gestores das organizações, de forma geral, necessitam de conhecimentos avançados e específicos sobre a gestão e o custeamento das atividades operacionais.

Na área de saúde, a gestão dos custos envolve aspectos muito singulares, havendo uma necessidade fundamental de se utilizar métodos adequados em sua apuração e mensuração, a fim de que o gestor tome decisões acertadas e escolha corretamente as metas que pretende alcançar. Desta forma, decisões tomadas acertadamente na gestão são de vital importância nas organizações em geral e em especial nos hospitais, que possuem uma estrutura organizacional reconhecidamente complexa, contemplando uma gama de profissionais e recursos tecnológicos avançados, conciliando interesses empresariais, sem se distanciar dos seus princípios éticos e legais, tornando a gestão estratégica de custos uma ferramenta indispensável de auxílio na tomada de decisões, ampliando a oferta de seus serviços. Percebe-se, ao se analisar a literatura voltada ao tema, que muito há que se caminhar na gestão hospitalar, sendo vital que os gestores percebam sua necessidade e importância, a fim de subsidiarem adequadamente o processo decisório e buscarem a sustentabilidade econômica destas organizações, mantendo-as no cenário competitivo de cuidados com a saúde, seja da iniciativa privada ou pública, mantendo seus equipamentos e acompanhando os avanços da área. É necessário, portanto, que os hospitais se adequem às constantes transformações, revendo seus processos e modernizando seus modelos de gestão, para que consigam alcançar resultados que garantam sua continuidade no mercado.

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